A queda da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira, no último domingo (22), entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), expõe um problema nacional: a precariedade das pontes federais no Brasil. Levantamento feito pela Folha com dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) revela que 727 pontes administradas pelo órgão estão alterações como críticas ou ruínas. Desse total, 130 estão em pior condição, enquanto outros 597 são considerados ruínas.
O Brasil possui 5.827 pontes federais sob gestão do Dnit, e 12,5% delas estão em situação preocupante. A ponte que desabou estava na categoria 2 (ruim), que indica problemas estruturais relevantes, como danos não concretos, fissuras ou falhas em fundações. Minas Gerais liderou em número de pontes críticas (22), seguido pela Bahia (18) e Ceará (16).
A queda da ponte impactou diretamente a ligação entre os dois estados. Provisoriamente, o transporte será feito por uma balsa para passageiros e carros, enquanto os caminhões deverão utilizar rotas alternativas. O governo promete iniciar o serviço ainda esta semana.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou uma sindicância para investigar as causas do desabamento. Questionado, o Dnit não respondeu sobre pedidos de interdição de pontes em 2024.
Além das estruturas em mais condições, o levantamento aponta 1.538 pontos regulares, 2.220 em bom estado e apenas 67 em ótimo. A precariedade expõe a necessidade urgente de investimentos na manutenção e fiscalização. (Toni Rodrigues, com informações da Folha)
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