A nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) tem privilegiado aliados políticos com cargos estratégicos e bem remunerados, enquanto servidores enfrentam demissões e denunciam atrasos em diversas obrigações por parte da presidência daquele Poder. Entre os beneficiados estão o ex-deputado estadual Luciano Nunes e Gustavo Henrique Mendonça Xavier de Oliveira, irmão do deputado Fábio Xavier (PT).
Luciano Nunes, que exerceu quatro mandatos pelo PSDB, aceitou o convite do futuro presidente da Alepi, Severo Eulálio (MDB), para assumir a Secretaria-Geral da Mesa Diretora pelos próximos dois anos. Além de presidir o diretório estadual do PSDB, ele atua como advogado, o que não impede sua nomeação para o novo cargo.
Já Gustavo Henrique foi nomeado para um cargo comissionado na Diretoria Legislativa da Assembleia com remuneração que pode chegar a R$ 20 mil mensais. A nomeação foi oficializada pelo Ato da Mesa nº 142/2025, assinado pelo atual presidente da Alepi, deputado Franzé Silva (PT), pelo primeiro secretário, deputado Marden Menezes (PP), e pelo segundo secretário, deputado Dr. Hélio (MDB).
Cargos privilegiados em meio a crise
As indicações reforçam a influência política como critério para ocupação de cargos na Alepi, enquanto servidores enfrentam incertezas. Relatos apontam demissões de funcionários efetivos e terceirizados, além de atrasos no pagamento de salários e fornecedores.
Enquanto isso, as nomeações de Luciano Nunes e Gustavo Henrique levantam questionamentos sobre a real necessidade desses cargos e o impacto financeiro para o estado. Para muitos, trata-se de um exemplo de como a máquina pública continua servindo interesses políticos, com altos custos para o contribuinte piauiense, que já sofre com a crise econômica e a alta carga tributária. (TR)
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