Um servidor do Hospital Regional Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba (350 km de Teresina), denunciou a grave falta de materiais para curativos e a precariedade na estrutura da unidade de saúde. Segundo o relato, pacientes com ferimentos graves estão sem os cuidados adequados devido à ausência de insumos básicos, como gazes e coberturas para curativos.
O hospital está sendo gerenciado pela organização social ISAC (Instituto Saúde e Cidadania). O governo afirma que se trata de contrato de parceria na gestão junto à Secretaria de Estado da Saúde do Piauí. O Sindicato dos Médicos entende como privatização. Os servidores também. E reclamam de que muita coisa piorou. Eles reclamam até de que os salários estariam atrasando regularmente.
O denunciante, que prefere manter sua identidade em sigilo para evitar retaliações, descreve um cenário alarmante: "Os pacientes estão com feridas expostas, alguns com 'bichos' nos pés, e não há material disponível para cobrir os ferimentos. A situação já se arrasta há mais de uma semana, e não há previsão de reposição."
Ainda de acordo com a denúncia, a orientação dada aos acompanhantes dos pacientes é que registrem reclamações na ouvidoria do hospital. No entanto, a servidora acredita que essa medida não tem surtido efeito: "Eles já foram orientados a procurar a ouvidoria, mas parece que ninguém está ouvindo. Tudo na gestão é de fachada."
E enfatiza: "Ora, como é que o governo vai investigar o próprio governo? A ouvidoria é um órgão da administração estadual, a serviço da OS. Não tem sentido."
A crise no hospital revela uma falha grave na gestão da saúde pública e expõe pacientes a riscos de infecções e complicações sérias. Até o momento, a Secretaria de Saúde do Estado não se pronunciou sobre as denúncias. (TR)
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