A Polícia Federal (PF) se manifestou contra críticas feitas por alguns veículos de imprensa em relação à anulação da Operação Front Stage, determinada pela Justiça. Em nota oficial, a corporação repudiou as alegações de que houve má condução do inquérito e reafirmou que todo o trabalho foi realizado com base em critérios técnicos e dentro dos limites da legislação.
Trata-se de uma manifestação inédita e que acompanha posicionamentos críticos também, e principalmente, do deputado estadual e ex-candidato derrotado à prefeitura de Teresina, em 2024, Fábio Novo (PT). O parlamentar comemorou o arquivamento e disse que foi injustiçado, mas que a verdade sempre prevalece. Os ataques, sem dúvida, foram principalmente à atuação da PF, embora ele tenha exibido desculpas do candidato vitorioso e hoje prefeito Silvio Mendes (UB).
Segundo a PF, a decisão judicial que arquivou o caso não desqualifica a atuação dos agentes envolvidos na operação, tampouco compromete a seriedade do trabalho da instituição. A corporação destacou que seus policiais são profissionais dedicados ao combate à corrupção e à criminalidade, atuando com total comprometimento com a sociedade brasileira.
A Operação Front Stage foi conduzida com o objetivo de investigar possíveis irregularidades, e a PF reforçou que sua atuação sempre segue princípios legais e institucionais. O órgão também frisou que continuará desempenhando seu papel de forma independente, sem influência externa, e reaf
A nota foi divulgada pela Comunicação Social da Polícia Federal no Piauí.
Confira íntegra:
"A Polícia Federal repudia veementemente o posicionamento de alguns veículos de imprensa sobre a decisão judicial que anula a Operação Front Stage, alegando má condução do inquérito pela PF. O trabalho é contínuo pela Polícia Federal, como é de praxe do órgão, todos os critérios técnicos e atuosos em total conformidade à legislação. O arquivamento do inquérito pela justiça não é desabona, em nenhuma circunstância, o trabalho sério e responsável supervisionado por policiais federais que se dedicam diariamente ao combate à corrupção e à criminalidade e são totalmente comprometidos com a sociedade brasileira."
Histórico da investigação
Durante a campanha eleitoral de 2024, em Teresina, fez-se um escândalo em torno dos supostos desvios de aproximadamente R$ 7 milhões em recursos da Lei Aldir Blanc, na Secretaria de Cultura do Estado. Investigação da Polícia Federal, a partir de solicitação do Ministério Público, revelou que o então secretário Carlos Anchieta teria ficado rico de uma hora para outra, e totalmente sem explicação.
Muitos artistas reclamam, e com razão, de que não se fala mais no assunto. E sequer se tem notícia dos rumos da investigação. Relatório da investigação aponta que ele teria recebido pagamentos indevidos por meio de empresas contempladas em editais da Secult/PI num total de aproximadamente R$ 1,2 milhão.
O documento indica ainda que Anchieta teve um aumento patrimonial incompatível com seus rendimentos declarados. Entre 2021 e 2022, seu patrimônio cresceu 24,28%, passando de R$ 4 milhões, em média, para aproximadamente R$ 4,9 milhões.
No mesmo período, seus rendimentos brutos aumentaram apenas vinte e um mil, cento e vinte e cinco reais. O aumento patrimonial de Anchieta foi concentrado na aplicação de quatrocentos e sessenta mil reais em poupança na Caixa Econômica Federal e na compra à vista de quatro apartamentos em João Pessoa (PB), totalizando quatrocentos e cinquenta e seis mil e novecentos reais. Há também indícios do uso de recursos para beneficiar artistas ligados a grupos políticos. (Toni Rodrigues)
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