Morreu neste domingo (13), aos 88 anos, em Lima, no Peru, o escritor Mario Vargas Llosa, um dos maiores nomes da literatura em língua espanhola e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2010. A informação foi confirmada por seu filho, Álvaro Vargas Llosa, que destacou que o autor partiu de forma serena, cercado pela família. Por desejo do próprio escritor, não haverá cerimônia pública, e seus restos serão cremados.
Nascido em 1936 na cidade de Arequipa, no sul do Peru, Vargas Llosa teve uma trajetória marcada por inquietações políticas e literárias. Iniciou sua formação na Academia Militar de Lima, mas foi no jornalismo e na literatura que encontrou sua verdadeira vocação. Estabeleceu-se em Paris no final da década de 1950, onde conciliou diferentes ocupações com a escrita.
Sua obra reúne romances que marcaram gerações, como A cidade e os cães (1963), que o revelou internacionalmente ao retratar o ambiente opressor da escola militar; Conversa na Catedral (1969), uma reflexão profunda sobre a ditadura peruana; e A guerra do fim do mundo (1981), inspirado na história de Canudos, no Brasil. Entre seus títulos mais populares também estão Tia Júlia e o escrevinhador e Travessuras da menina má.
Vargas Llosa foi ainda um pensador político ativo, defensor do liberalismo e crítico de regimes autoritários na América Latina. Sua morte encerra um ciclo brilhante da literatura hispano-americana, deixando um legado duradouro para a cultura mundial. (TR)
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